Hoje é o meu aniversário e, pra ser bem sincera, já faz alguns anos que essa data deixou de ter aquele brilho, sabe? Quando a gente é criança, parece que o universo conspira para tornar o dia do aniversário super especial: bolo, parabéns, presentes, toda a atenção possível é voltada para a gente.
Mas, com o tempo, a minha relação com o meu aniversário mudou. Eu passei a evitar esse dia e tudo o que ele representava: que o tempo está passando.
Teve um tempo que eu estava pirada demais com isso e chegava a ficar depressiva com essa data. Eu ficava chateada, me sentia meio vazia, como se o meu aniversário fosse um lembrete cruel de tudo que eu ainda não tinha feito. Mas hoje, eu desencanei de tudo isso.
Eu não vejo mais sentido em tratar esse dia como se fosse um marco gigante ou como se ele precisasse ser incrível, porque, às vezes ele só é mais um dia mesmo. E tá tudo bem.
É claro que eu não estou dizendo que eu don’t give a fuck para esse dia, porque ainda é meu aniversário, mas que ele não tem todo esse peso negativo em cima dos meus ombros, sabe?
A real é que o dia do meu aniversário estava com uma vibe meio pesada: expectativas frustradas somadas a uma boa crise existencial. O combo perfeito pra qualquer uma surtar e querer se esconder do mundo. E era exatamente isso que eu fazia — me isolava, fugia dos parabéns e da atenção que esse dia trazia.
Mas, ao mesmo tempo, se alguém esquecesse o meu aniversário… nossa, doía. Porque aí eu começava a pensar: “Será que eu não sou tão importante assim?” (a dualidade da gata). Enfim… it’s complicated, como diria a Avril.
É estranho, sabe? Essa sensação de que o tempo está passando, mas eu não estou conseguindo acompanhar ele, quase como se eu estivesse sendo engolida por ele. Para mim, tudo parecia estagnado — os dias se repetiam, e nada de novo ou bom acontecia.
O futuro sempre parecia longe demais e os dias sempre os mesmos. Mas então chegava meu aniversário, e ao olhar pra trás, eu percebia o quanto deixei escapar e quanta coisa passou por mim sem que eu realmente vivesse tudo aquilo.
Acho que pesei um pouco o clima, né? Mas calma, o post não é só bad vibes!!!
Inclusive, acho que é por conta desse sentimento de estagnação que, em todo aniversário, eu quero mudar todo o meu visual rsrsrs
Não vou mentir: aniversários me trazem uma melancolia esquisita. Tem esse clima de fim de ciclo, de olhar pra trás e pensar em tudo o que rolou (ou deixou de rolar).
Por isso, eu fico mais reflexiva, mais quieta e introspectiva quando essa data está chegando. Acho que é um momento de pensar em tudo, refletir mesmo sobre o passado e o que eu quero para o meu futuro.
Mas, apesar de tudo isso, percebi que este ano estou encarando essa data de um jeito diferente — com mais leveza, sabe? Sem tantas expectativas, sem a necessidade de provar nada pra mim ou pros outros.
Acho que, pela primeira vez em muito tempo, estou aceitando as coisas como elas são. Não como uma desistência ou me conformando com as coisas, mas como um respiro, uma folga de tanto pensar negativamente sobre tudo.
Agora que eu estou ficando mais velha, será que posso, de fato, me considerar uma adulta? Nesse quesito, acho que eu ainda tenho um caminho longo pela frente. Mas, quer saber? Eu não estou com tanta pressa.
Enfim, my dear reader, o que eu quero deixar como reflexão do post de hoje é: não deixe o peso do tempo pesar tanto nos seus ombros. Se você, assim como eu, fica deprimida no seu aniversário, saiba que o tempo vai continuar passando – gostando a gente disso ou não. Então que, pelo menos, a gente encare tudo isso com um pouco mais de leveza.
Depois de desabafar tudo isso, feliz aniversário para mim!!! E que eu continue tentando — e conseguindo — viver bem os meus dias. Um de cada vez.
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